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KIDUSH Hashem

B’SD

A preciosa Mitsvá de Quidush Hashem

(A Santificação do nome de D’us)

 

Uma história verdadeira

         Ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial. Um comerciante não judeu de uma cidadezinha deu um número maior de selos postais do que ele tinha comprado a um estudante da Ieshivá. De volta em casa, o jovem percebeu o erro, e voltou rapidamente à loja para devolver os selos a mais. O comerciante ficou espantado com esta honestidade e decidiu testar outros estudantes fazendo o mesmo “erro”. Todas as vezes, os selos não pagos lhe eram devolvidos com a maior pressa. O dono da loja ficou tão impressionado que arriscou sua própria segurança nos anos trágicos que se seguiram, escondendo judeus e ajudando-os a escapar de Hitler Conhecemos muitos Sábios que rasgavam um selo cada vez que mandavam uma carta por intermédio de terceiros, para estarem seguros que o correio não sofreria nenhum prejuízo que pudesse ser imputado a eles. Nada estranho, portanto, que estes jovens tenham tentado imitar as qualidades elevadas destes grandes Sábios, na sua conduta quotidiana.

 

         Uma história das mais pungentes:

93 moças judias sem alternativa desafiam corajosamente a cólera de nazistas armados

         A seguinte nota apareceu no “New York Time”, durante a Segunda Guerra Mundial. “O rabino Léo Jung de Nova Iorque recebeu uma carta proveniente de uma professora de hebraico da Cracóvia, na Polônia, que lhe solicitava organizar um Cadish (oração proferida em memória de pessoas falecidas), para ela e suas 92 estudantes: “Caro Rabino Jung, quando esta carta chegar às suas mãos estaremos num mundo melhor. Informaram-nos que jovens nazistas deviam nos visitar em algumas horas. Unanimemente decidimos que preferiríamos morrer a ser manchadas pelos nazistas. Possuímos veneno suficiente e estamos felizes de morrer por Quidush Hashem. Agora vamos sentar e ler juntas os Tehilim (Salmos) pela última vez nas nossas jovens vidas. Não estamos com medo. Tomamos banho e nossos corpos estarão já purificados quando nossas almas voltem a Hashem. No momento que escutarmos os nazistas chegando, tomaremos o veneno. É com o Shemá (Shemá Israel) nos lábios que daremos nosso último suspiro. Por favor, mande rezar um Cadish por nós.”

         Estas pessoas cumpriram a promessa que fazemos a cada dia no Shemá: “E amarás ao Eterno com todo teu coração, com toda tua alma [até morrer por isso] e com todas tuas forças [até renunciar ao que possuis].”

 

O Quidush Hashem hoje

         Em nossos dias, raramente nos é solicitado morrer para não transgredir as três interdições maiores: o assassínio, a imoralidade e o adultério. Entretanto podemos sempre cumprir a Mitsvá de Quidush Hashem num grau menor, na nossa vida diária, pelo cumprimento das Mitsvot e das boas ações.

         1. Cada judeu que suporta calmamente um calor tórrido e respeita as leis de Tsniut, quer dizer de pudor, em suas roupas, encontrará graça diante daqueles que a verão.

         2. Um jovem mãe que passeia alegremente com o carinho na rua, cercada de cada lado por seus jovens filhos, ganhará a admiração dos transeuntes. Ela abandonou voluntariamente a “liberdade” física, dinheiro a mais e talvez uma carreira, pelo benefício da benção divina da maternidade. Ela sabe que com cada alma suplementar que ela faz descer sobre a terra, ela apressa a vinda de Mashiach.

         3. Quando um comerciante judeu fecha a sua loja cedo na sexta feira de tarde, no momento que os negócios estão no auge nas outras lojas, existe uma prova melhor do valor de uma Mitsvá aos olhos deste homem?

         4. Quando um judeu constrói sua frágil Sucá e mora nela, ou pelo menos faz nela todas as suas refeições, preferindo-a ao conforto do seu apartamento, isso não é certamente um Mitsvá que um não judeu invejaria! Mas ele a admirará, com certeza.

         Os exemplos abundam, mas apesar disso, nenhum indivíduo judeu deveria se satisfazer com eles e permitir-se um desvio do caminho reto. Pelo contrário, deveríamos ter consciência que nos escrutam com olhos de águia o tempo todo e que a menor falha pode estragar tudo, do mesmo modo que a irregularidade de um só indivíduo afeta a totalidade do povo judeu. Esta é uma das razões pelas quais é tão difícil ser perdoado do pecado de Chilul Hashem (profanação do Seu Santo Nome).

 

Linhas diretrizes

         O delito tornou-se, infelizmente, um grande problema, e um grande número de pessoas dentre nós o experimentou pessoalmente. De acordo com a Torá, não há melhor proteção que conduzir honestamente os negócios. Então, esperamos que esta citação nos ajude a reforçar nossa adesão à Lei:

 

“E todos os povos da terra verão que levas o nome do Senhor e te temerão” (Dvarim 28:10).

         “Enquanto os judeus se comportam corretamente, nos negócios, nenhum reino pode fazer-nos mal; a menor dúvida sobre nossa integridade terá como conseqüência que nossos inimigos censurarão o povo judeu em seu conjunto.”(Comentário sobre Baba Cama).

         “O Sefer Chassidim estatui: “Vi homens que negligenciavam os erros de não judeus nos negócios. O resultado foi que perderam todo o dinheiro que haviam ganho. Por outro lado, vi gente que santificava o nome de D’us pela sua conduta escrupulosa nos negócios. Como recompensa, D’us os abençoou com uma riqueza durável.”

         O que precede se aplica até mesmo com respeito às nações que saquearam nossas casas e mataram os nossos.

         Encontramos diretivas suplementares em Dvarim 23:

         “Não odiarás o Egípcio, porque estrangeiro foste em seu país”, e Rashi observa: “Mesmo tendo eles jogados os meninos no Nilo, não os odiarás abertamente, por que foram teus hospedeiros em tempos de necessidade [no reinado de Iossef].”

         Um grande exemplo de Quidush Hashem nos é dado por Rabi Shimon ben Chetach que comprou um asno de um Ismaelita e encontrou...um diamante atado no seu pescoço! Seus alunos ficaram loucos de alegria com a boa fortuna do seu pobre Mestre. “Agora suas preocupações terminaram!” exclamaram. Mas o Mestre decidiu de outra maneira: “comprei um asno mas não paguei pelo diamante” e o devolveu ao proprietário. “Bendito seja o D’us do povo judeu” exclamou o homem. “Ouvir essas palavras da boca de um não judeu vale mais que todo o ouro do mundo” disse Rabi Shimon ben Chetach, muito feliz.

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