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O valor de um centavo

B’SD

TSEDACÁ

Na Rússia de outrora, era uma honra e uma grande mitsvá atender ao pedido do Rebe e sair pelo campo em pleno inverno para suscitar nas pessoas o desejo de fazer tsedacá e despertar nas mesmas a necessidade de dar.

Aquele Mashpiá preparou-se para o frio que teria que enfrentar e sem se sentir humilhado pelo que fazia, muito pelo contrário, saiu para a campanha anual de recolher os fundos necessários para as obras do Rebe.

Passaram vários dias. As estradas estavam cobertas de neve. Era difícil avançar de cidade em cidade. Mas nada o fazia desistir. Sistematicamente anotava todas as doações e seguia o caminho. Até que chegou a hora de voltar.

O primeiro que fez, com o coração palpitando de alegria, foi entregar sua lista com as anotações ao Rebe. Este ano as pessoas haviam sido muito generosas: as ieshivot poderiam com certeza funcionar melhor e os pobres não sofreriam tanto com a fome e o frio rigoroso.

O Rebe examinou uma e outra vez a lista mas seu olhar se manteve frio e não refletiu o contentamento que o mashpia esperava dele. Até que finalmente o Rebe indagou:

- Você não teria esquecido o nome de alguém?

Surpreso, o Mashpia afirmou que não, que havia sido mais do que cuidadoso com sua notas, e que era impossível!

Mas o Rebe insistia com que ele se esforçasse e procurasse na sua memória.

Preocupado em ver novamente o rosto iluminado do seu Rebe, ele concentrou-se e pensou:

- A, exclamou, só pode ser aquele que me deu 1 centavo, é àquele que o Rebe está se referindo?

- Exatamente, é a ele mesmo. Como é mesmo o seu nome?

- Reb Shmuel...

Agora o semblante do Rebe estava radiante. A missão estava cumprida.

No mundo da Tsedacá tudo tem importância

A pequena peça de dinheiro (prutá), o centavo que é dado por um judeu pobre mas com generosidade e bom coração, tem muito mais valor que a melhor doação do rico, que o da com desprezo e com facilidade.

Quando se entra no universo da tsedacá, qualquer moedinha reluz santidade.

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