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Verdadeira Teshuva

A VERDADEIRA TSHUVÁ

Os problemas ocorridos no Egido ocorrem como punição pela venda de Iossef por seus próprios irmãos.

Quando ocorrem esses problemas no Egito, os irmãos começam a lamentar o que haviam feito ao irmão. Eles dizem: somos todos culpados. Vimos a que ponto nosso irmão Iossef tem problemas; ouvimos suas queixas e não o ajudamos. É certamente por isso que estamos com esses problemas.

Quando Reuven viu que seus irmãos se arrependeram pela venta de Iossef e que decidiram fazer Teshuvá, ele lhes disse: “eu não lhes disse para não cometerem um pecado contra essa criança e vocês não me ouviram!”. Ele lembrou-lhes que no momento da venda os havia aconselhado para não pecarem mas que eles não ouviram sua voz. Em nome de que Reuven faz essas recriminações aos irmãos? Se vemos um homem na aflição e ele se arrepende dos pecados, devemos nos esforçar por consolá-lo, apoiá-lo, e principalmente devemos evitar aumentar o seu sofrimento e não recriminar suas más ações. Mas Reuven aqui recorda cada detalhe do que aconteceu, dando o tipo de detalhe que exagera o pecado e que aumenta a angústia. Será este um comportamento adequado para um primogênito de verdade? Reuven, entretanto, lembra intencionalmente aos irmãos o seu grande pecado. Ele quer perceber em cada um deles uma Teshuvá REAL. Reuven viu os irmãos fazerem Teshuvá e se arrependerem do pecado e de todo o mal que fizeram a Iossem quando percebeu os problemas havidos no Egito Mas Reuven entendeu que a Tshuvá deles não era sincera, que havia sido suscitada em razão da situação muito difícil vivida no Egito (Teshuvá “por necessidade”, “por interesse”).

A verdadeira Teshuvá é aquela que vem da profundeza do coração, que vem de uma tomada de consciência profunda da grandeza do pecado e de um grande arrependimento consequente (não só porque ele teve problemas, fez tshuvá). A Tshuvá é provocada por um pecado e vem por uma razão qualquer, como um problema, uma angústia. Mas não é inteiramente verdadeira porque se o problema não tivesse existido ele não teria feito a Tshuvá. Ele só fez Tshuvá porque o problema aconteceu.

Reuven queria que os irmãos se arrependessem de verdade pela venda de Iossef e não pela situação que estavam vivendo no Egito naquele momento, e que era difícil para eles; a tshuvá teria que ser pela gravidade em si do pecado cometido e pelas consequências do mesmo. É por isso que Reuven lhe lembra os detalhes de tudo o que ocorreu no passado: “não lhes disse para não cometerem um pecado contra essa criança e vocês não ouviram”. A recordação dos pecados tem, portanto, a intenção de ajudá-los a fazer uma verdadeira Tshuvá. Ele não os consolou. Também os recriminou. Só queria ajudá-los para que alcancem a REAL TSHUVÁ.


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