top of page

Terça-feira 04/10, dia 9 de Tishrei, KIPUR! inicia 17h35

15 de set. de 2021

Além das atividades proibidas em Shabat, cinco atividades específicas são proibidas em Iom Quipur,. São elas: comer e beber; perfumar-se, maquiar-se ou untar-se com loções; ter relações conjugais; tomar banho e usar sapatos de couro, e vale a pena lembrar que não podemos lavar a boca e escovar cabelos.
Em Iom Quipur estamos livres de qualquer preocupação material.

VESPERA DE YOM KIPUR , Ascender as velas: 17h35 e pronunciar:

1- Baruch Ata Adon’ai Elo-henu Melech Haolam Asher Quideshanu Bemitsvotav Vetsivanu Lehadlic Ner Shel Iom Haquipurim
2- Baruch Ata Adon’ai Elo-henu Melech Haolam Shehecheianu Vequiyemanu Vehiguianu Lizman Hazé

O dia do Yom Kipur
Para a comunidade judaica do mundo inteiro, este é o dia mais importante do calendário judeu, qualquer que seja o grau de cumprimento dos preceitos religiosos. É um dia de jejum e abstinência dos afazeres físicos e materiais. Neste dia, a reza dura 26 horas, para nos conscientizar no pensamento e no sentimento o que expressamos no dia.

Contou o Rebe:

Quando meu Melamed (professor) me ensinou Haazinu ele quis me ensinar o mais importante, o essencial da parashá, e me contou a seguinte história:

“O Rav Moshé Ben Nachman, Haramban, era o professor de Rav Avner. Num dia desses, Rav Avner abandonou o caminho do judaísmo e se converteu para os outros. Ele obteve muito sucesso entre os não judeus e se tornou uma pessoa célebre e até um ministro considerado no seu país. Ele alcançou a cúpula entre os goim. Para mostrar o seu ódio pelos judeus ele enviou um mensageiro para forçar o Ramban a ir vê-lo no meio do dia, em pleno Quipur. Quando este chegou, o Rav Avner mandou matar um porco na sua frente, cozinhou-o e o comeu nesse dia de Quipur, sob o olhar do seu mestre e rabino. O Ramban ficou profundamente decepcionado e triste e perguntou ao seu aluno: “como pudeste chegar a isso, a te converter?” “Foi por sua causa. Seus ensinamentos me trouxeram a isso” respondeu Rav Avner. “Uma vez quando me ensinavas a parashá Haazinu” prosseguiu “você falou no seu discurso que todos os judeus do mundo, todas as mitsvot, estavam incluídos na parashá Haazinu!!! Não acreditei. Como é possível que uma parashá tão pequena possa conter tudo isso sobre o mundo? Não pude acreditar e cheguei a essa conclusão: todos teus ensinamentos, Ramban, não são verdadeiros. E abandonei a Torá”. Ao ouvir isso o Ramban respondeu: “eu disse e digo outra vez. A parashá Haazinu inclui o mundo inteiro.” Avner se surpreendeu: “Se é assim então me mostra. Quero ver o meu nome na Parashá!” “Se essa é a tua vontade, eu vou te mostrar” disse o Ramban. Ele se virou para um canto para rezar para D’us e pedir ajuda a Ele. D’us ouviu a sua voz e o guiou e lhe mostrou o versículo que continha a alusão ao nome Rav Avner, em cada terceira letra de cada palavra no versículo 26 do capítulo XXXII do Deuteronômio: ‘Eu teria dito: Abandoná-lo-eis ao seu próprio destino, farei cessar, dentre os homens, a sua memória’ O Ramban voltou-se e disse: “A parashá Haazinu, capítulo XXXII versículo 26 menciona teu nome! Leia a terceira letra de cada palavra e você vai achar o teu nome escrito,                                             Rav Avner...”

Ao encontrar o seu nome escrito, ele caiu sobre sua cabeça e lamentou e se arrependeu completamente fazendo tshuva e pedindo ao seu Rabino se seria possível fazer algo para reparar esta situação e o qué. O Ramban disse sim, é possível; faça o que está escrito no passuc: ‘apagarei a sua lembrança’. Esconda-se deste mundo e tua lembrança, apaga-a dentre as criaturas. O Ramban foi embora. Logo depois Rav Avner entrou num navio onde não havia nem marinheiros nem remadores, e deixou-se levar pelo vento realizando o que o versículo dizia: ‘E apagarei sua memória entre os homens’.

Esta história tem algo de maravilhoso e de chocante. Qual a razão da parashá mencionar o nome deste estudante , um judeu que havia se convertido como disse Rashi, com o prefixo de Rav e não disse apenas Avner. A Torá nos ensina com isso o poder grandioso da Tshuvá. Quando o judeu faz Tshuva completa e sincera, das profundezas do seu coração a Torá então o qualifica como um Rav. Mesmo se no passado ele estava em meio à situação descrita e mesmo se ainda é como um Rashá, a Torá nos diz que no final ele acabará fazendo Tshuva. Ele merece, portanto, o título de Rabai. A parashá Haazinu é chamada por muitos de Parashá Shuva nos 10 dias de Tshuva: assim se encontra a alusão à força maravilhosa e grandiosa da Tshuvá.

bottom of page